
O E-mail como gênero textual
Podemos considerar
gêneros textuais como as diversidades de textos que encontramos em múltiplos
ambientes de discurso na sociedade. Com a globalização que trouxe consigo o
advento da Internet notamos o surgimento de novos gêneros textuais, a adaptação
de alguns e a evolução de muitos outros.
De acordo com Marcuschi
(2002), o surgimento de novos gêneros textuais nada mais é que uma adaptação
dos gêneros já existentes às tecnologias encontradas atualmente. Devemos nos
atentar, também, para o fato de que dependendo de onde o texto é inserido, ele
será um ou outro gênero textual Para explicar essa evolução/adptação vamos
falar um pouco sobre a carta, o bilhete, o convite e o e-mail.
Com a chegada da
Internet o e-mail tornou-se o meio mais rápido de comunicação entre
pessoas. O correio eletrônico é o canal de transmissão do e-mail, que é
a mensagem. O e-mail ou mensagem geralmente é produzido e transmitido
pela mesma pessoa, e o receptor é sempre o destinatário
A linguagem (formal ou
informal) utilizada nos diferentes gêneros, irá depender do grau de intimidade
do destinatário (o que envia a correspondência) e o remetente (o que irá
receber a correspondência).
Dessa forma, através da
era digital, percebemos que as cartas estão sendo pouco utilizadas, sendo o e-mail
a forma mais rápida de transmitir a mensagem. Ou seja, vemos nesse ponto uma
adaptação da carta pelo e-mail. Os mesmo podem transmitir a mesma notícia, mas
o modo e a rapidez que isso é feito é o que diferencia os gêneros. O mesmo fato
ocorre com o scrap, que tornou uma evolução digital do bilhete e até
mesmo do convite.
O E-mail: Avanço Tecnológico de Gêneros Já Existentes
O e-mail, ou correio
eletrônico, é atualmente um dos gêneros textuais mais produzidos em todo o
mundo, já que agrega a rapidez do meio eletrônico à praticidade. Por ser tão
utilizada, essa nova forma de comunicação acaba por adquirir características
próprias, diferenciando se dos demais gêneros encontrados na internet.
A grande expansão do
e-mail gerou a necessidade de padronização do texto nele desenvolvido, para que
as pessoas pudessem se entender melhor dentro desse novo contexto. Buscando
essa padronização, foi criada a Netiqueta , regras de comportamento na internet.
Embora haja um esforço
para se criar um padrão de mensagens eletrônicas, como no caso da Netiqueta
,ainda há grande variedade dentro do “gênero” e-mail. Por exemplo, em relação ao
registro, há um cuidado muito maior quando direcionamos um e-mail para um
superior no trabalho do que quando o mandamos para um amigo de infância.
Crystal (2005) afirma
que os erros ortográficos são encarados de forma diferente quando o documento é
uma mensagem eletrônica. “(...) Os erros de ortografia em um e-mail são
interpretados não como uma indicação de falta de escolaridade (embora possam
ser), mas como uma consequência da imprecisão ao digitar” (p. 93). Mesmo com
essas ressalvas, é inegável que temos maior rigor ao selecionar o vocabulário
para uma pessoa que exige tal cuidado, o que resulta no uso de uma linguagem
mais formal.
Criar:
Gmail
Hotmail
Yahoo
Bol
O internetês é a
linguagem utilizada no meio virtual, mais precisamente nas salas de bate papo
como facebook, messenger, blogs e outros. Como foi se tornando uma prática na
vida de todos, as pessoas que utilizam esses serviços passaram a abreviar as
palavras de forma que essas tornaram-se uma configuração padronizada.
Observamos que os aspectos normativos ortográficos da Língua Portuguesa nos blogs dos adolescentes são relegados a segundo plano. As palavras e expressões notadas no meio digital, no blog, são abreviadas ou reduzidas, até o ponto de se converterem em uma, duas ou três letras
A linguagem da internet
reflete a "lei do menor esforço" praticada na linguagem oral. O uso
de palavras como "pq", "vc", "kd",
"tb", "hj", "fds", "flw", demonstram
essa forma de simplificação das palavras.
Na linguagem da
Internet, existem ainda duas formas de comunicação que são bastante utilizadas
pelos internautas: o smile e as risadas onomatopaicas.
Nas conversas de
internet e nas salas de bate papo, observa-se, já há algum tempo, o surgimento
do Internetês, que nada mais é que uma forma específica de se comunicar, cuja
característica principal é a simplificação de palavras.
Observamos que os aspectos normativos ortográficos da Língua Portuguesa nos blogs dos adolescentes são relegados a segundo plano. As palavras e expressões notadas no meio digital, no blog, são abreviadas ou reduzidas, até o ponto de se converterem em uma, duas ou três letras
A linguagem da internet
reflete a "lei do menor esforço" praticada na linguagem oral. O uso
de palavras como "pq", "vc", "kd",
"tb", "hj", "fds", "flw", demonstram
essa forma de simplificação das palavras.
Existem também formas
acrescidas de palavras, que não refletem a lei supracitada, mas demonstram a
capacidade de criação dos internautas e uma necessidade de manipular a língua
portuguesa a fim de dar características próprias ao que se fala na internet.
Tais palavras são, por exemplo: "naum", "amow",
"tah", "jah", "eh" etc.
Vê-se também formas
exageradas de se expressar o que se quer dizer, como por exemplo:
"amoowwww", "bejãooooOoOoOoO", ou frases que requerem uma
maior análise para que se entenda o significado, como: "MAR É DOJXA
VISSE?" cujo significado seria: "mas é doida, viu?".
O smile, ou emoticon, expressa as emoções das
pessoas que estão utilizando a comunicação. Alguns exemplos comuns são: :) , :(
, :P , 8-), XD , :| , ¬¬ , #-D etc. São variadas as formas de smile que se
encontram hoje.
As risadas representam
as onomatopéias de risadas normais, e algumas bastante anormais. São elas
"hehehe", "rsrsrsrsrs", "kkkkkk" e, algumas novas
"auhuhauhauha", "ahuhusahusahuauhs", "heaoueahaoeuah"
etc. E, ainda, a risada padrão importada da língua inglesa, já simplificada
"LOL", que significa "Laughing Out Loud".
Diante dessa linguagem
nova que o scrap apresenta, o jovem, principalmente, pois este é quem está em
formação lingüística, deve se preocupar em não utilizar o internetês em textos
onde a norma culta é necessária, como redações, cartas formais, provas etc.
Portanto, deve-se usufruir do Internetês,
separando-o dos lugares onde a norma culta ainda é necessária. Cada gênero
textual carrega suas próprias características, inclusive no que diz respeito a
que linguagem utilizar, ou não. Seria muito estranho vermos um scrap começando
com "à Vossa Senhoria" ou finalizando com "Atenciosamente".
O internetês tem lugar próprio para ser utilizado, assim como o tem o português
padrão. Saber utilizar cada um em seu lugar é que faz de cada pessoa uma boa
usuária da língua portuguesa.
ATIVIDADE DESENVOLVIDA:
Criação de E-mail (Gmail, Hotmail, Yahoo ou Bol)
ATIVIDADE DESENVOLVIDA:
Criação de E-mail (Gmail, Hotmail, Yahoo ou Bol)


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